A reengenharia é um
sistema administrativo criado no início da década de 90 por Michael
Hammer e James Champy. Ela é muito utilizada para manter as empresas
competitivas no mercado, mantendo-as com foco no alcance de objetivos e
metas, transformando seus processos e atividades de negócio, através do
“rompimento” com costumes obsoletos. Suas primeiras aplicações foram
realizadas em empresas dos Estados Unidos.
O que é a reengenharia?
Basicamente, o sistema administrativo denominado reengenharia pode ser definido como:
“(…) um redesenho de processos, que
envolve a readequação dos processos empresariais, estruturas
organizacionais, sistemas de informação e valores da organização,
objetivando uma guinada nos resultados dos negócios da organização”
Stair e Reynolds
A utilização desta ferramenta de gestão deve sempre primar por repensar e reinventar
os procedimentos principais da organização, tais como: serviço prestado
ao cliente, desenvolvimento de novos produtos, cultura organizacional,
etc.. Com o objetivo claro de aumentar a produtividade, através da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente.
Como utilizá-la?
Como dito anteriormente, a reengenharia
questiona toda a forma de trabalhar de uma organização, gerando uma
redefinição total de processos. Por este motivo, a sua utilização e
implementação precisa passar primeiro por um processo de definição de
estratégia e recolhimento de informações sobre necessidades e
expectativas dos stakeholders, a fim de mapear os processos que
requerem melhorias. Feito isso, os gestores poderão vislumbrar quais
são os pontos que devem ser otimizados e os que serão descartados, caso
não tenham valor real para a organização.
De forma simples e objetiva, a metodologia de implementação de processos de reengenharia pode-se estruturar em quatro fases, são elas:
- Preparação: Listar todos os processos da organização, selecionar aqueles que serão redefinidos e viabilizar os recursos necessários para esta atividade;
- Planejamento: Garantir os recursos necessários: tempo, dinheiro e pessoas; estruturar as equipes de trabalho e distribuir as tarefas entre seus membros;
- Implementação: Analisar os processos selecionados (responsável, envolvidos, pontos fracos e pontos fortes), reinventar o processo, avaliar o impacto das mudanças e implementá-lo;
- Avaliação: Medir e comunicar os resultados obtidos, controlar o processo como um todo e gerir o impacto das alterações efetuadas em outros processos.
Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma em seu artigo que
a reengenharia introduz mudanças significativas em três níveis
gerenciais da organização, são eles: operacional, de gestão de processos
e de gestão de negócios. Veja abaixo cada um deles detalhadamente:
- Operacional – as pessoas passam a trabalhar em equipes multifuncionais e as relações hierárquicas, que geralmente criam conflitos são eliminadas. O excesso de hierarquias, com grande diluição de responsabilidade, torna o processo decisório lento e burocratizado;
- Gestão de processos – neste nível, ocorrem as maiores mudanças no que tange a aplicação das inovações tecnológicas. Os processos são todos integrados e informatizados;
- Gestão de negócios – neste nível ocorrem as maiores mudanças na empresa. Rompem-se as barreiras com clientes e fornecedores, e todos integrados, repensam os negócios, e até criam novos negócios e produtos.
Já as melhorias obtidas
pela utilização desta ferramenta podem ser observadas em três níveis
gerais: redução de custos, redução de tempo das atividades e melhoria da
qualidade dos serviços prestados. Isto se deve, principalmente, ao
aumento da eficiência nos processos e atividades do negócio.
Críticas à reengenharia
As mudanças geradas pelo processo de
reengenharia criam resistências por parte dos colaboradores que já estão
acostumados a trabalhar de uma determinada forma. Isto gera uma grande
dificuldade para a organização, que precisa driblar esta resistência e
fazer com que seus colaboradores entendam os reais benefícios deste
novo sistema.
Outra crítica à reengenharia é a sua possível relação com os processos de downsizing, que visam a uma reestruturação interna da empresa através, basicamente,
da redução do número de colaboradores nas organizações. Isto gera muita
insegurança por parte dos trabalhadores e um olhar de desconfiança por parte dos críticos de plantão.
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